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Como psicológico abalado enfermeira esteta abandona plantões em hospitais

Lidar diariamente com doenças graves e pacientes em estados terminais causa muitas marcas no emocional de muitos profissionais da saúde. Com psicológico abalado enfermeira esteta abandona plantões e traça novas metas para sua carreira.
Rafael Alves
29 fevereiro, 2024

A história de hoje é da enfermeira Carolina Hipólito. De Niterói (Rio de Janeiro) ela possui uma carreira profissional que desenvolveu ao longo das últimas duas décadas envolvida com a oncologia. Foram 20 anos cuidando de pacientes com doenças graves. Essa rotina, estando tão perto da morte, causou alguns traumas. Com o psicológico abalado faz enfermeira esteta abandona plantões em hospitais e muda o foco para a alegria dos seus pacientes.

Os rumos da carreira não foram como ela desejava. No início ela buscava atuar com emergência, trabalhando em atendimentos com ambulância, mas acabou em oncologia e neonatal, muito diferente da ideia original.

Há pouco mais de um ano ela decidiu e encontrar novo sentido para sua vida profissional e conheceu a enfermagem estética. Indicada por alguns amigos enfermeiros, ela vê um futuro diferente, com novos horizontes e muito mais feliz nessa nova caminhada. Carolina quer mudar e atuar com a promoção da saúde a partir de agora. 

Enfermeira esteta abandona plantões para dar novo caminho para sua carreira profissional

No início da nossa jornada profissional é sempre muito difícil escolher o que pretendemos ser para o resto da nossa vida. É claro que nada é definitivo e mudanças podem acontecer ao longo do caminho. A entrevistada de hoje se deparou com todas essas dificuldades. 

Caroline Hipólito escolheu seguir a enfermagem há mais de 20 anos. Quando entrou para a área da saúde ela tinha certeza de que queria atuar com emergência e em ambulâncias. Ao se formar, Carolina acabou trabalhando com oncologia e no setor neonatal. 

Apesar de não ser o desejo inicial, também era gratificante para Carolina estar atuando com enfermagem. Após anos diante de pacientes com doenças graves, a rotina estressante e contato direto com a morte, foram causando alguns problemas para Carolina no seu emocional. Não é fácil lidar com tanta pressão durante duas décadas e conseguir se manter firme sem nenhum trauma ao ver pessoas queridas, pacientes que por muitas vezes se tornam amigos, tendo que se despedir. 

Assim, é cansativo. Quem trabalha com plantão hospitalar sempre trabalha muito Trabalho a semana inteira basicamente, plantões de 24 horas, trabalho com quimioterapia, então a gente vê muita gente morrendo. Além dos desgastes físicos tem o emocional. Já com estética é algo mais leve, trabalhamos promovendo a alegria e a saúde”. 

Enfermeira esteta abandona plantões

No entanto, chegou o momento em que Carolina irá se despedir dos plantões exaustivos de até 24 horas e mudar seu foco, onde ela optou por não lidar diretamente com a doença, mas sim com a promoção da saúde. Carolina agora será uma enfermeira esteta.

Desgaste emocional e jornada intensa prejudicam atendimento

A experiência de Carolina na oncologia foi intensa. Com a rotina exaustiva trabalhando em CTI (Centro de Terapia Intensivo) pediátrico e neonatal, a enfermeira encarou desafios físicos e emocionais significativos, precisando enfrentar diariamente doenças gravíssimas, lidando com pacientes em situações críticas, incluindo aqueles em estágios terminais. 

O que mais pesava nas jornadas diárias de plantões de até 24 horas era ter que conviver com pacientes que realizavam quimioterapia. Momentos que exigiam muito dela, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Foi nesse contexto que ela percebeu a necessidade de uma mudança. 

Quero trabalhar com uma coisa leve, que me dê alegria em fazer e o principal, que seja minha, onde eu não precise trabalhar para mais ninguém. Quero empreender”. 

Assim como diversas outras colegas de profissão, transicionar para a enfermagem estética foi uma decisão tomada recentemente, inclusive motivada por diferentes fatores. Carolina pensou muito. Foi um período de um ano para tomar essa decisão. Ao buscar uma pós-graduação na área de enfermagem estética, Carolina foi influenciada por alguns amigos que já haviam feito a mesma especialização. Com a ajuda das redes sociais, a enfermeira foi se apaixonando pela estética e explorando esse novo campo,  rapidamente se viu encantada com todas as suas possibilidades.

Valorização pessoal e profissional foram fatores determinantes para mudança

Para Carolina, a estética representa mais do que uma simples mudança de carreira; é uma oportunidade de se sentir melhor consigo mesma, de trabalhar com algo que ama e de ter controle sobre seu próprio destino profissional. A parte financeira também desempenhou um papel importante em sua decisão, levando em conta a desvalorização da enfermagem no contexto financeiro atual e a perspectiva de uma valorização profissional e retorno financeiro mais significativos na estética.

Enfermagem não é uma profissão valorizada financeiramente. Você vê a briga pelo salário base. A estética é uma área que vai valorizar a profissão e teremos retorno financeiro. Além de gostar de fazer, é importante ter retorno, e a estética é uma área que tem um retorno muito bom. As pessoas te procuram para fazer o procedimento, confiam em você. Gratificação em dobro, financeiramente e profissionalmente”.

Com planos definidos para o futuro, Carolina pretende dedicar-se exclusivamente à estética, afastando-se dos plantões hospitalares. Embora ainda não tenha iniciado oficialmente sua prática na área, já está se preparando para isso, realizando pequenos procedimentos como parte de seu aprendizado. Entre suas preferências, destaca-se a área facial, onde ela percebe a maior diferença e impacto nas pessoas.

Carolina Hipólito representa a determinação de uma profissional que busca não apenas uma carreira, mas sim uma realização pessoal e profissional, encontrando na estética mais que uma nova direção, mas também uma nova forma de valorização e satisfação.

Rafael Alves
Editorial, Editor
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