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Peeling de fenol deixou queimaduras em nova vítima em Curitiba

Nas últimas semanas ficou em destaque a notícia da morte do jovem de 27 anos que morreu após realizar o procedimento peeling de fenol em uma clínica em São Paulo. Nesta semana, um novo caso foi registrado pela polícia civíl, desta vez em Curitiba. O procedimento Peeling de Fenol deixou queimaduras em uma mulher que precisou passar por uma intervenção cirúrgica para tratar a pele do rosto.
Rafael Alves
14 junho, 2024

Mais uma esteticista esta sendo investigada pela Polícia Civil na cidade de Curitiba. Uma mulher precisou de intervenções cirúrgicas depois que o procedimento peeling de fenol deixou queimaduras de segundo e terceiro grau em seu rosto. 

Apesar da internação ter ocorrido na semana passada, a paciente, de 64 anos, realizou o procedimento no dia 25 de maio, porém, seguiu com dores por quase duas semanas até que foi hospitalizada. Este caso se assemelha muito ao de Henrique Chagas, que faleceu no início do mês após a realização do mesmo procedimento.

Tal qual ao caso do Henrique, a  delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, informou a um portal de notícias que a profissional não orientou adequadamente a paciente sobre cuidados especiais para a realização do procedimento.

Outro ponto muito semelhante é que a profissional de Curitiba se identificava como biomédica, quando na real, a polícia descobriu que ela não possui formação na especialidade. Didas depois da presença da polícia em sua clínica, a investigada prestou depoimento e disse que na verdade é estudante de biomedicina, diferente da sua apresentação inicial. No caso de Henrique, a influencer que realizou o peeling de fenol no jovem de 27 anos também não possuía formação adequada para realizar o atendimento. 

Peeling de fenol deixou queimaduras no rosto de paciente em Curitiba

Além de não ter qualificação para exercer a profissão de biomédica, a “esteticista” está sendo investigada por lesão corporal e por uso de produto falsificado destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Foram apreendidos pela polícia fenol manipulado e o ácido hialurônico vencido no estoque. A gravidade da lesão foi tçao grande que a paciente precisou ser internada para realizar cirurgias após o fenol causar queimaduras em seus rosto de segundo e terceiro grau.

Peeling de fenol deixou queimaduras em nova vítima em Curitiba

No momento da chegada dos policiais, a suspeita não estava no local e de acordo com a delegada, seria presa em flagrante por conta dos materiais encontrados. 

A defesa informou que a suspeita, que não teve o nome divulgado, irá se manifestar “em momento oportuno”. 

Casos graves trazem reflexão

Dois casos em pouco tempo viram destaque na imprensa e trazem questionamentos sobre a realização de procedimentos que levam risco à saúde. O caso de Henrique Chagas, que culminou com a morte do jovem, aos poucos vai sendo desvendado e comprovando a irresponsabilidade no atendimento. 

A influenciadora que se apresenta como Nathalia Becker, que atendeu Henrique, contou à polícia que realizou um curso on-line para adquirir qualificação para realizar o peeling de fenol com a farmacêutica Daniele Stuart. Daniele também será investigada para apurar se ela cometeu exercício ilegal da medicina. 

Família contesta erros de protocolos da influencer

No caso de Henrique, a família e o namorado da vítima afirmam que além da influencer não ter solicitado nenhum tipo de exame antes do procedimento, ela fez a indicação de algumas substâncias químicas que ela mesmo vendia e solicitou que Henrique fizesse o uso ao aplicar em seu rosto. Os advogados de defesa acreditam que há uma suspeita de que a morte teve influência da inalação de tais substâncias. 

Imagens que foram divulgadas mostram momentos de Henrique na Clínica e do atendimento durante o procedimento. A influencer chegou a realizar cortes profundos no rosto de Henrique, o que poderia causar a entrada do fenol com a corrente sanguínea, o que em alguns casos pode levar à morte. 

Casos como esse revelam a importância do profissional estar altamente qualificado para realizar qualquer que seja o procedimento. A reflexão sobre o uso de procedimentos com maior risco à saúde é outro ponto a ser discutido, quando há diversos de outras formas de alcançar o objetivo e maneiras mais seguras. 

Advogado reforça o direito de profissionais estetas realizarem o procedimento

Vale lembrar que diante desse caso grave, onde levou à morte o paciente Henrique, o Conselho Federal de Medicina veio a público, de maneira errônea, informar que apenas médicos e dermatologistas poderiam realizar o procedimento.

O advogado e professor do Nepuga, Dr. Victor Bellini pontuou que não há na Lei do Ato Médico qualquer menção à proibição da realização do peeling de fenol por outros especialistas, desde que qualificados e habilitados.

A própria Lei do Ato Médico estabelexe quais atividades são privativas aos médicos e estabelece que são exclusivos a classe, procedimentos que podem atingir órgãos internos ou seja, procedimentos cirúrgicos e invasivos, o que de fato em procedimentos estéticos, isso não ocorre”.

Nesta situação, cabe ao próprio profissional realizar as reflexões necessárias sobre oa atendimento. 

Embora a lei não proiba e permita que você realize procedimentos como o do Pelling de Fenol, o profissional sempre deve fazer uma reflexão ética e moral: De fato, eu tenho conhecimento técnico para realizar este procedimento? Eu faria este procedimento em um familiar? Estou apto a realizar este procedimento e colocaria estas pessoas que amo em uma maca para realizá-lo?”. 

Já ao paciente é importante que ele procure conhecer o profissional que irá solicitar algum atendimento. Buscar referências e verificar suas habilidades é fundamental para evitar intercorrências. Biomédicos estetas, farmacêuticos estetas, enfermeiros estetas, e diversos outros profissionais quando bem preparados e respaldados pelos cuidados necessários tendem a não cometer erros. Julgar toda uma classe após casos como esse, onde os envolvidos não possuem nem qualificação é agir de má fé diante de tantos outros que buscam a excelência em seus atendimentos. 

Diferente do que acusa o Conselho Federal de Medicina, profissionais estetas bem preparados estão aptos a realizar procedimentos que estão previstos em suas regulamentações. 

Rafael Alves
Editorial, Editor
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