Estudo reforça os prejuízos do ‘efeito sanfona’
Frente a reconhecida epidemia global de obesidade, as dietas que prometem emagrecimento rápido ganham terreno e preocupam. Especialistas têm observado que uma alimentação restritiva, muitas vezes, é acompanhada por episódios repetidos de perda e recuperação do peso, um fenômeno conhecido como “efeito iôiô ou sanfona”. Um estudo, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), relata que algumas alterações orgânicas provocadas durante os períodos de flutuação do peso corporal podem não ser revertidas, mesmo após a diminuição do percentual de gordura.
Não é novidade que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças. Por essa razão, uma parte significativa da população acredita que basta perder peso para tudo voltar ao normal. Mas a julgar pelos resultados obtidos em novos estudos, como este realizado na Uerj, é preciso ter cautela na hora de estabelecer metas e programas destinados ao emagrecimento. Para a nutricionista Sandra Barbosa, responsável pelo estudo, os resultados desse trabalho são importantes porque alertam para a possibilidade de certas alterações clínicas permanecerem, caso o individuo se mantenha no chamado “efeito sanfona”. “É claro que o ideal seria conseguir perder peso e se manter magro, pois a gordura eliminada não deve ser recuperada, sob o risco de prejudicar a saúde. É uma pena, contudo, que o ‘efeito ioiô’ seja mais a regra do que a exceção”, conclui Sandra.
Os resultados da pesquisa foram publicados em duas revistas internacionais de renome, a PLoS ONE e a Hepatology Research.
Fonte: faperj
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