Oito médicos são condenados por morte de paciente com apendicite
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Falta de um exame clínico detalhado é um dos principais fatores para a decisão dos desembargadores
Mais uma vez nos deparamos com uma notícia desagradável envolvendo a classe médica. Depois de serem totalmente negligentes e acabar com os sonhos de um jovem, oito médicos são condenados em Franca/SP.O paciente, que tinha tudo para sair do Pronto Socorro Municipal Dr. Janjão com seu problema resolvido, morreu após um choque séptico por apendicite aguda supurada. Em cinco dias, a vítima passou por OITO MÉDICOS. Olha que absurdo! Porém, na nossa opinião, a pena foi aquém do nível da situação. Os profissionais terão de prestar serviços à comunidade por dois anos, além de pagar o valor de 15 salários mínimos aos familiares da vítima.É isso mesmo. Após serem negligentes, irresponsáveis e não protegerem a vida de um jovem (até então) saudável, os bonitos vão só “prestar serviços à comunidade”. A pena deveria ser sim, mais severa.
A decisão foi dada por desembargadores da 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.Médicos são condenados: confira o caso completo
Segundo os autos do processo, em 12 de outubro de 2007, um homem de 23 anos buscou atendimento do Pronto Socorro Dr. Janjão comunicando “dor abdominal, calafrio, náusea, vômito e febre”.O primeiro médico a atendê-lo solicitou um exame de sangue e receitou remédios para enjoo e dor, suspeitando de virose.SIM! A FAMOSA VIROSE, mas infelizmente não é uma piada!Depois disso, o jovem procurou o hospital outras quatro vezes e atendido por profissionais diferentes. Entre os resultados, diagnosticaram até infecção urinária.
Uma suspeita de apendicite foi detectada NO QUINTO ATENDIMENTO, mas totalmente desprezada a partir do sexto atendimento.Cansados de tal tratamento, a família do homem resolveu pedir que um outro médico o atendesse em casa, e o profissional constatou a gravidade do quadro. Mas adivinhem? O paciente foi encaminhado para o mesmo Pronto Socorro, com pressão baixa, febre e “abdômen tenso difusamente doloroso”. O médico prescreveu outros medicamentos mesmo com dados indicativos de apendicite supurada. DÁ PARA ACREDITAR? PARA PIORAR, com taquicardia, o homem deu entrada mais tarde no hospital e o médico considerou que se tratava de uma reação a um dos remédios, mas após o agravamento do estado clínico, encaminhou o jovem à cardiologia da Santa Casa.O paciente foi então diagnosticado com choque séptico de origem abdominal, mas aí já era tarde demais. O homem foi operado, mas acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória e faleceu.
Segundo o cirurgião, o paciente deveria ter sido operado no primeiro dia que foi até o hospital. Jura?A decisão (mixuruca)
A 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo votou de maneira unânime para aumentar as penas de prisão determinadas aos médicos por inobservância de regra técnica de profissão, mas substituir a pena corporal dos acusados por duas restritivas de direitos.
Alguns médicos tiveram coragem de apresentar alegações ao juízo indicando insuficiência de provas, prescrição da pretensão punitiva e inépcia da denúncia, solicitando redução da pena e até absolvição.Segundo o relator do processo, houve negligência dos médicos por causa do atendimento precário à vítima, o que levou à sua morte.
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