Algo comum que tem acontecido em Instituições de Ensino Superior nesse último ano é receber matrículas de muitos profissionais da saúde que fizeram a Pós EAD em Estética, mas quando foram ao seu Conselho se habilitar, era indeferido devido a falta de aulas práticas.
Além de atrasar seu processo acadêmico e profissional, a Pós EAD traz uma série de desvantagens para todos os profissionais da saúde, sejam biomédicos, farmacêuticos, biólogos, enfermeiros.
Isso porque a especialização a distância não traz a vivência clínica e a prática necessária, a famosa “mão na massa”, para que o profissional esteta realize procedimentos estéticos com segurança, bem como, faça a gestão de uma clínica de estética, uma vez que ele nunca presenciou a rotina de uma.
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Situações reais: Pós EAD em Estética é barrada no COFEN
No caso dos enfermeiros, a Resolução COFEN Nº 529/2016, já alterada pela Resolução COFEN Nº 626/2020, aponta no Art. 4º que “o enfermeiro deverá ter pós-graduação lato sensu em estética, de acordo com a legislação estabelecida pelo MEC, e que no mínimo tenha 100 horas de aulas práticas”.
Ou seja, é essencial que a Pós-graduação em Enfermagem Estética ofereça aulas práticas. Entretanto, percebemos que há uma falha na comunicação e na disseminação dessas informações fundamentais que, no final, garantem que você consiga a habilitação perante o seu Conselho.
E tal falha também faz com que os profissionais invistam tempo e dinheiro duas vezes na mesma especialização, mas em Instituições diferentes, uma vez que a Pós EAD não é suficiente.
Por isso, trouxemos esse artigo para que não apenas os enfermeiros, mas todos os profissionais da saúde compreendam a importância de optar por uma especialização com aulas práticas.
‘Eu não sabia que precisava de 100h práticas’
A Dra. Weng Chen Ming, enfermeira e pós-graduanda em Enfermagem Estética no Nepuga, passou exatamente por essa situação. Como nunca havia atuado com enfermagem, de fato, ela viu na Saúde Estética uma oportunidade de ser autônoma ao observar que o mercado crescia substancialmente.
Na época, como estava no auge da pandemia da Covid-19, ela encontrou através do Google uma Pós EAD em Saúde Estética multiprofissional, ou seja, que se aplicaria a várias profissões. Com duração de nove meses, a Pós contava com aulas práticas demonstradas em vídeo, que ela poderia fazer na segurança de sua casa.
Sua intenção era fazer cursos livres com aulas práticas assim que finalizasse a Pós EAD, para reforçar o ensino, mas isso também não é aceito pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), nem mesmo estágios são aceitos como aulas práticas.
“Eu não sabia que precisava de 100h de prática. Quando estava no final do curso, só as alunas enfermeiras da turma anterior estavam tendo problemas para validar a pós, mas eu insisti em ficar, porque faltava pouco e acreditei que poderia finalizar e procurar um estágio por fora com algum profissional da Estética”, conta a Dra. Weng.
Ela chegou até fazer o estágio após terminar a especialização, entretanto, não foi validado. Então ela voltou a busca no Google por uma nova pós-graduação e chegou ao Nepuga.
“Optei por fazer no Nepuga porque tem o sistema híbrido e as práticas podem ser agendadas aos finais de semana, facilitando para quem trabalha”, explica.
O barato, na verdade, sai caro
Assim como a Dra. Weng, a Dra. Natalie Delfino também buscou a Pós EAD em Enfermagem Estética em meio a pandemia. Mas além de querer estudar em casa, ela procurava uma especialização que fosse acessível e coubesse no seu orçamento.
O que ela não imaginava era que acabaria investindo duas vezes na mesma especialização. A pós-graduanda também não tinha a informação de que as 100h de aulas práticas eram obrigatórias dentro da pós-graduação. “Eu me decepcionei muito”, revela.
“Eu entrei no Nepuga pela segurança. Perguntei várias vezes, mandei várias mensagens e todos os consultores foram super prontos para me atender e me explicaram bem. Foi mais fácil para eu entender, então me sinto mais confiante, mas é muito triste ter que fazer tudo de novo, mesmo assim.”
A Dra. Natalie é esteticista desde 2005, depois se formou em enfermagem, mas sempre atuou com Estética. Ela conta que de tudo o que está aprendendo na especialização no Nepuga, metade ela não havia visto em outra pós.
“Na realidade, a gente tem aquela ânsia de estudar, de conseguir, com tantas expectativas e a gente acaba buscando aquilo que está dentro do nosso bolso, porque é mais barato. Mas se eu tivesse pesquisado com um pouco mais de cuidado, eu teria visto que o Nepuga teria condições para conseguir fazer também, pois existem facilidades, possibilidades de parcelamento. Se eu tivesse pesquisado a fundo, eu diria que totalmente, vale super a pena pagar mais caro e ter uma certeza e confiança na instituição”, explica a Dra.
Dra. Natalie Delfino atende em seu espaço no bairro Tatuapé, em São Paulo-SP
Enfermagem Estética: por que não fazer Pós EAD?
Sabemos que o valor investido em uma especialização, seja presencial, híbrida ou EAD, é significativo. A escolha de um valor mais acessível e que cabe no orçamento no momento, geralmente, é um dos fatores que convencem os alunos a optarem pela Pós EAD.
No entanto, é aí que a dor de cabeça começa, pois o barato, na verdade, pode sair caro.
Imagine que você escolhe se especializar em Enfermagem Estética através de uma Pós EAD, devido ao preço baixo e o conforto de estudar em casa. Durante os próximos 9 ou 12 meses você se dedica e estuda todo o conteúdo programático, assim como as enfermeiras Dra. Weng e Dra. Natalie fizeram.
Mas quando termina a especialização e apresenta seu certificado ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN) ele não é aceito, uma vez que não contempla as 100h práticas obrigatórias de uma Pós-graduação em Enfermagem Estética.
Essa é uma situação frustrante e que é realidade para muitos enfermeiros que optam por uma Pós EAD. Por isso, é imprescindível buscar informações com seu Conselho de Classe sobre os requisitos necessários para conquistar sua habilitação e título de especialista. Além de, claro, conversar com o setor de matrículas da Instituição para conferir se o curso que ela oferece atende todos os requisitos necessários para sua formação.
Habilitação x Capacitação
O primeiro contato com a Instituição escolhida para realizar a sua Pós-graduação em Saúde Estética é o momento ideal para sanar todas as dúvidas acerca do que você espera para sua especialização. Mas é essencial que você consulte seu Conselho também sobre os requisitos necessários para validar sua pós-graduação e garantir sua habilitação.
Pois é importante ressaltar que: qualquer especialização/pós tem a função de capacitar o profissional da saúde em determinada área, ou seja, proporcionar o conhecimento necessário. Mas somente o Conselho de cada categoria pode habilitar o profissional para atuar no mercado de trabalho legalmente.
Estágio x Aula prática: existe diferença!
Aproveitando o assunto sobre aulas práticas, algo muito comum é que os alunos às confundem com o estágio. Muito diferente das graduações, algumas IES não impõem estágio obrigatório nas Pós-graduações.
O que consta no conteúdo programático, geralmente, são apenas as aulas práticas, ou seja, as vivências clínicas em que os alunos colocam a “mão na massa” depois de aprenderem tudo na teoria.
Essas aulas práticas não valem como estágio, e, consequentemente, estágios não valem como aulas práticas. Lembre-se sempre: são conceitos e validações diferentes para seu currículo e perante ao seu Conselho.
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